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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Piano


Tipos de piano
Existem piano (apócope derivado do italiano pianoforte) é um instrumento musical de cordas percutidas pelo sistema de classificação de Hornbostel-Sachs.
O som é produzido quando os batentes, cobertos por um material (geralmente fêltro) macio e designados martelos, e sendo ativados através de um teclado, tocam nas cordas esticadas e prêsas numa estrutura rígida de madeira ou metal. As cordas vibram e produzem o som. Como instrumento de cordas percutidas por mecanismo ativado por um teclado, o piano é semelhante ao clavicórdio e ao cravo. Os três instrumentos diferem no entanto no mecanismo de produção de som. Num cravo as cordas são beliscadas. Num clavicórdio as cordas são batidas por martelos que permanecem em contacto com a corda. No piano o martelo afasta-se da corda imediatamente após tocá-la deixando-a vibrar livremente.
Teve a sua primeira referência publicada em 1711, no "Giornale dei Litterati d'Italia" por motivo da sua apresentação em Florença pelo seu inventorBartolomeo Cristofori. A partir dêsse momento sucede-se uma série de aperfeiçoamentos até chegar ao piano atual. A essência da nova invenção, residia na possibilidade de dar diferentes intensidade aos sons e por isso recebeu o nome de "piano-forte" (que vai do pianíssimo ao fortíssimo) e mais tarde, reduzido apênas para piano. Tais possibilidades de matrizes sonoras acabaram por orientar a preferência dos compositores face ao clavicêmbalo.
Os pianos modernos, embora não se diferenciem dos mais antigos no que se refere aos tons, trazem novos formatos estéticos e de materiais que compõem o instrumento.
O piano é amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a performance solo e para acompanhamento. É também mũito popular como um auxílio para compor. Embora não seja portátil e tenha um prêço caro, o piano é um instrumento versátil, uma das características que o tornou um dos instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo.

Tipos de piano

Existem duas versões do piano moderno: o piano de cauda e o piano vertical.
Piano de cauda
Piano vertical
piano de cauda tem a armação e as cordas colocadas horizontalmente. Necessita por isso de um grande espaço pois é bastante volumoso. É adequado para salas de concerto com tetos altos e boa acústica. Existem diversos modêlos e tamanhos, entre 1,8 e 3 m de comprimento e 620 kg. Pianos excecionais : Todos os fabricantes fazem piano pianos excecionais (artcase), alguns são apênas decorações ou mudanças dramáticas nos atuais (pés trabalhados, pintura, capa) são outras alterações radicais como o Pegasus por Schimmel ou o M. Liminal projetado por NYT Line e composto porFazioli.
piano de armário tem a armação e as cordas colocadas verticalmente. A armação pode ser feita em metal oumadeira. Os martelos não beneficiam da fôrça da gravidade.
Pode considerar-se um outro tipo de piano: o piano automático ou pianola. Trata-se de um piano com um dispositivo mecânico que permite premir as teclas numa seqüência marcada num rôlo.
Alguns compositores contemporâneos, como John CageToni Frade e Hermeto Pascoal, inovaram no som do piano ao colocarem objetos no interior da caixa de ressonância ou ao modificarem o mecanismo. A um piano assim alterado chama-se piano preparado.
A Família Real Portuguesa trouxe o pianoforte para o Brasil.

[editar]Mecanismos

[editar]Teclado

Teclas do piano
Pràticamente todos os pianos modernos têm 88 teclas (sete oitavas mais uma têrça menor, desde o lá0 (27,5 Hz) ao dó8 (4186 Hz)). Mũitos pianos mais antigos têm 85 teclas (exatamente sete oitavas, desde o lá0 (27,5 Hz) ao lá7 (3520 Hz)). Também existem pianos com 8 oitavas, da marca austríaca Bösendorfer. As teclas das notas naturais (dó, ré, mi, fá, sol, lá e si) são brancas, e as teclas dos acidentes (dó #, ré #, fá #, sol # e lá # na ordem dossustenidos e as correspondentes ré b, mi b, sol b, lá b e si b na ordem dos bemóis) são da cor preta. Todas são feitas em madeira, sendo as pretas revestidas geralmente por ébano e as brancas de marfim ou material plástico.

[editar]Pedais

Os pianos têm geralmente dois ou três pedais, sendo sempre o da direita o que permite que as cordas vibrem livremente, dando uma sensação de prolongamento do som. Permite executar uma técnica designada legato, como se o som das notas sucessivas fosse um contínuo. Compositores comoFrédéric Chopin usaram nas suas peças este pedal com bastante freqüência.
O pedal esquerdo é o chamado una corda. Despoleta nos pianos de cauda um mecanismo que desvia mũito ligeiramente a posição dos martelos. Isto faz com que uma nota que habitualmente é executada quando o martelo atinge em simultâneo três cordas soe mais suavemente pois o martelo atinge sòmente duas. O nome una corda parece assim errado, mas nos primeiros pianos, mesmo do inventor Cristofori, o desvio permitia que apênas uma corda fosse percutida. Nos pianos verticais o pedal esquêrdo consegue obter um efeito semelhante ao deslocar os martelos para uma posição de descanso mais próxima das cordas.
O pedal central, chamado de sostenuto possibilita fazer vibrar livremente apênas a(s) nota(s) cujas teclas estão acionadas no momento do acionamento dos pedais. As notas atacadas posteriormente não soarão livremente, interrompendo-se assim que o pianista soltar as teclas. Isso possibilita sustentar algumas notas enquanto as mãos do pianista se encontram livres para tocar outras notas, o que é mũito útil ao realizar, por exemplo, passagens em baixo contínuo. O pedal sostenuto foi o último a ser incrementado ao piano. Atualmente, quase todos os pianos de cauda possuem esse tipo de pedal, enquanto entre pianos verticais ainda há mũitos que não o apresentam. Mũitas peças do século XX requerem o uso dêsse pedal. Um exemplo é "Catalogue d'Oiseaux", de Olivier Messiaen.
Em mũitos pianos verticais, nos quais o pedal central de sostenuto foi abolido, há no lugar do pedal central um mecanismo de surdina, que serve apênas para abafar o som do instrumento.
Recentemente os chamados pianos elétricos passaram por uma grande evolução. Têm exatamente o mesmo número de teclas do piano acústico e aproximam-se cada vez mais do seu som. Mũitos possuem ainda sons de outros instrumentos musicais, como os teclados eletrœnicos. O 'som' do piano elétrico é na verdade uma gravação do 'som autêntico' de um piano, por isso, cada vez que se toca uma tecla, o 'som' é reproduzido em teclas chamadas de 'sensitivas', pois simulam a intensidade sonora do piano convencional.

[editar]A afinação de um piano

«Os afinadores de piano não afinam; desafinam (temperam) de uma maneira controlada»
Os martelos e as cordas do piano
Não é possível num instrumento com teclado ou com trastos obter quintas, têrças e oitavas todas «justas» no sentido físico do têrmo, ou seja, perfeitamente consonantes. Em outras palavras, se afinarmos todas as quintas sem batimento, haverá batimentos para a oitava. E as têrças não serão justas. Para chegar a oitavas perfeitas o afinador tem que encurtar uma ou mais quintas. O temperamento de uma escala é exatamente o ajuste dos intervalos entre as notas, afastando-os do seu valor natural «harmœnico», para fazer com que os intervalos caibam numa oitava.
No sistema de temperamento igual, que (geralmente) é o adotado atualmente no ocidente, os intervalos de quinta, têrça e quarta não são perfeitamente consonantes. Mas o seu batimento é bem suportável e o ouvido contemporâneo já se habituou a êle. Só as oitavas são perfeitas. As quartas aumentadas (ou quintas diminutas) ainda que não sejam consonantes, também tem seu valor harmœnico exato.
Hoje em dia, depois de afinarem bem cada quinta, os afinadores encurtam-na ligeiramente temperando-a até que se ouça uma flutuação distinta de volume que tem um som «ondulante» - o que se chama um batimento. Na oitava central do piano, as quartas e quintas devem soar com aproximadamente um batimento (uma ondulação) por cada 2 segundos, enquanto as terceiras maiores e as terceiras menores devem criar aproximadamente 3 batimentos por segundo.
Exceto as oitavas, nenhum outro intervalo fica a soar «puro» acùsticamente, embora a impureza seja suficientemente fraca para ser tolerável pelo ouvido. Mas só assim é possível conseguir que uma mesma melodia tocada em várias tonalidades soe do mesmo modo.
Além disso, os bons afinadores de piano aumentam as oitavas nos graves e nos agudos, para terem em conta as características da perceção auditiva humana. O que acontece é que o material com que são feitas as cordas provoca a existência de harmœnicos ligeiramente mais elevados do que os que correspondem a razões de inteiros, o que faz com que uma oitava só soe bem se for ligeiramente aumentada («stretched octave»). Tìpicamente, as oitavas mais graves acabam por ficar cêrca de 35 cent mais curtas e as mais agudas 35 cent mais longas do que a oitava central. O efeito é menor num piano de cauda, por ter cordas mais longas.
E não se deve de fato usar um temperamento igual nos agudos. Porque, com um temperamento igual, se executarmos passagens menos rápidas nas regiões agudas, usando 3ªs, já surgem cêrca de 40 batimentos por segundo o que cria uma espécie de linha de baixo fundamental abominável, mũito perto do verdadeiro baixo, que soa como se estivesse a ser tocada num instrumento desafinado.
É de referir que um piano normalmente fica, pelo menos, ligeiramente desafinado quando é transportado ou quando é sujeito a fortes correntes de ar.

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